On 15:07 by Koji Sakamoto   No comments

No colégio onde presto consultoria tenho atendido alguns pais. Raramente vem o casal, sempre vem um ou outro.

Os pais são encaminhados para entrevista quando normalmente encontram dificuldades em lidar com os filhos pequenos, cujo problema principal é a desobediência.

Atendi um casal que, os pais batiam e colocavam de castigo uma criança de apenas 6 anos.

Na escola esta criança tinha postura revoltada, mal educada e carente ao mesmo tempo.

Neste caso os pais compareceram e relataram toda a situação. Por não fazer a tarefa e obedecer, a mãe batia constantemente nela,enquanto que o pai a colocava de castigo.

Depois de ouvir o relato pacientemente eles me perguntaram se eu tinha alguma solução para o caso

Respondi que sim e que OS PROBLEMAS DOS FILHOS, SÃO PROBLEMAS DOS PAIS, isto é, deveriam procurar neles a causa de toda essa situação.

De imediato vieram as justificativas, imputando ao filho a responsabilidade da mudança. Com bastante calma procurei explicar o porquê da minha afirmação.

Expliquei a eles o funcionamento dos três mundos: do pensamento, da palavra e da ação. A ordem é : penso, falo e faço. Portanto, para mudar a ação antes preciso mudar o meu pensamento. O pensamento representa os pais e a ação o filho, portanto para mudar o filho é preciso mudar os pais.

O casal aceitou a ponderação, mas a seguir me perguntaram: o que precisamos mudar?

Respondi ponderadamente:

1. Primeiramente entender a verdadeira missão dos pais, que é a de formar um homem bom útil à sociedade e a Deus.

2. Ajudar na formação do seu caráter para que seja uma pessoa do futuro.

3. Criar um ambiente familiar harmônico para que influencie positivamente na formação do filho.

4. Procurar educar não perdendo de vista a idade da criança, pois, dependendo desta não terá desenvolvida a parte racional, precisando-se repetir as coisas com paciência muitas e muitas vezes. Não esquecer que educação é repetição.

5. Quando conversar, falar de maneira que a criança entenda.

6. Conhecer profundamente as qualidades do filho, e trabalhar sempre o lado positivo, pois aumentando o positivo proporcionalmente o negativo diminui. Quanto mais atacamos o negativo, mais este se fortalece.

7. Nunca esqueça a sua idade e a idade da criança.

Ouvindo tudo isso os pais ficaram acabrunhados e começaram a sentir-se culpados, principalmente pela maneira que estavam tratando o filho.

Prometeram que iriam se empenhar para mudar não esquecendo de estar sempre perguntando: PARA MUDAR O MEU FILHO O QUE EU PRECISO MUDAR?

Na semana seguinte o aluno já havia mudado muito o seu comportamento na escola.

Foi apenas o começo

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