Fazer alguém feliz é algo bastante simples. Mas o ser humano, como sempre, tem o poder de complicar as coisas. E se enrola de tal forma que sua maior dificuldade é manifestar gratidão. Quando vai fazê-lo sempre que pensa numa recompensa material, um presente ou algo do gênero. Mas nem sempre é o que a outra pessoa estava precisando ou querendo.
Quantas vezes não andamos quilômetros de vitrines procurando um presente especial para nossa mãe sendo que aquilo que ela mais queria era a nossa companhia. Ou um abraço forte passando toda a nossa energia. E assim é com os pais, filhos, amigos, professores, chefes, subalternos...
Como somos materialistas sempre pensamos em manifestar o nosso carinho de maneira palpável. E como estamos sempre correndo ocupados, não temos tempo sequer para perceber as necessidades e desejos das pessoas que estão mais próximas de nós. Para compensar, compramos alguma coisa. Afinal, é sempre mais barato do que doar-se. E bem mais fácil do que ativar a nossa percepção. Além de ser mais cômodo.
O ser humano tem o poder (que ele próprio desconhece) de se comunicar através dos sentimentos, do olhar, do pensamento, do tato. Mas insiste em usar apenas o bolso. É a cultura materialista.
O escritor Paulo Coelho assinou uma crônica em que contou a história de um autor Leo Buscaglia que, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola cujo o tema era: “A criança que mais se preocupa com os outros”.
“O vencedor foi um menino cujo vizinho - um senhor de mais de 80 anos - acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo. Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem. Nada, disse o menino. Ele tinha perdido a sua mulher e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajuda-lo a chorar”.
Como se poder ver, para fazer alguém feliz basta ter sensibilidade, percepção, sabedoria e amor sincero. Estas sim, são as maiores riquezas do homem.
A postura que adotamos perante a nossa vida e seus acontecimentos reflete infalivelmente no resultado de nossos planos e aspirações. Precisamos adotar uma atitude firme e otimista diante de tudo e de todos, em vez de ver somente o lado negativo das coisas, os defeitos das outras pessoas e em nos mesmos, sempre criticando e lamuriando.
Para quem acha que o otimismo exige muito esforço, veja quantas coisas que nos acontecem no dia-a-dia, dignas de agradecimentos, mas que na verdade passam despercebidas como se tivessem a obrigação de acontecer.
O otimista levanta-se cede e agradece pela noite bem dormida e pela boa cama, em vez de blasfemar por deixá-la pela manhã. Ao sentar-se à mesa para o café da manhã, consegue saboreá-lo com sentimento de gratidão por quem plantou, cultivou e colheu todo o alimento de sua primeira refeição.
O otimista sai de casa feliz por estar a caminho do trabalho, num país de desemprego em massa. E aquele que sai de casa a procura de emprego se enche de esperança e espírito de busca, acreditando que tudo tem a sua hora.
Em dia de chuva não há reclamações, como se a água mandada por Deus fosse a pior coisa do mundo. Ao contrário, a chuva benvinda, como uma benção da natureza para a lavoura, para as plantas e flores, para descarregar as nuvens e clarear o dia, tornando o ar leve, hoje em dia tão carregado de poluição.
O ônibus pode demorar ou chegar lotado, e o motorista pode até não ser muito simpático, mas o otimista consegue sentir gratidão, pois sem o coletivo e o motorista para conduzi-lo, as dificuldades para a sua locomoção talvez fossem maiores.
O transito também incomoda e atrasa muita gente, mas para que se irritar, se não vai ajudar em nada mesmo! Então o negócio é deixar para lá.
O otimista antes de tudo é um ser humano agradecido, pois o otimismo gera gratidão. A exemplo de São Francisco de Assis (todos devem conhecer sua oração de agradecimento), vamos lembrar sempre de agradecer, confiantes na ação divina, fazendo do espírito otimista, um hábito. Assim, as coisas só podem dar certo.
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Quem sou eu
- Koji Sakamoto
- São Paulo, SP, Brazil
- Durante mais de 30 anos tive a permissão de atender centenas de casais ou cada um dos pares, orientar e monitorar até a melhora do relacionamento. A obra lançada em 2008 com o título de A FELICIDADE NO CASAMENTO ESTÁ DENTRO DE CADA UM é uma edição aprimorada com novas histórias, orientações e principalmente práticas da anterior EM BUSCA DA FELICIDADE NO CASAMENTO lançado em 1998 alcançando uma tiragem de 60.000 exemplares.. Poderemos até entender como uma evolução, não só no seu conteúdo, mas no seu título, pois, com o desenvolvimento das práticas e principalmente as mudanças que vem ocorrendo no mundo invisível e ganhar a permissão de perceber que não basta buscar fora, o que sempre existiu dentro de cada um.
Realmente o que nos move a vivermos uma vida feliz é o sentimento de gratidão em tudo que fizermos ou sentimos... Obrigado sempre pelas sabias palavras....abraços
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