On 15:46 by Koji Sakamoto   2 comments

Insatisfação. Esse parece ser o sentimento mais comum entre as pessoas na atualidade. É difícil ver alguém agradecido. Otimista em relação ao futuro. É quase um ser em extinção. O que se vê são pessoas que não se cansam de lamuriar ou resignadas com a própria sorte. Tanto uma quanto outra encontram-se no mesmo nível porque, na verdade, não fazem nada para mudar o seu destino. Sem objetivos, perdem-se dos próprios ideais e vivem sem algo que as impulsione para frente. Contentam-se com o mínimo, almejam o máximo, mas não saem do lugar. Ficam estagnadas, esperando que a boa sorte caia do céu. Nada é conseguido sem esforço. E, na maioria das vezes, o ser humano se contenta com tão pouco porque desconhece sua real capacidade de ação. Ou tem medo de descobrir suas fraquezas e deficiências. Arriscar pode trazer inúmeras surpresas. Além disso, é muito melhor do que ficar parado esperando que o tempo envelheça as força de nossos sonhos.

Há uma história antiga e muito interessante, que reflete bem o estágio atual da humanidade. “Um sábio passeava na floresta com seus discípulos. Avistou uma casinha pobre, aos pedaços. Nela moravam um casal e três filhos – todos malvestidos, sujos, magros e subnutridos. O sábio perguntou ao pai da família: “Como vocês sobrevivem? Não vejo horta alguma. Não vejo plantação. Não vejo animais.” O pai respondeu: “Nós temos uma vaquinha que nos dá alguns litros de leite por dia. Uma parte nós tomamos. Outra, trocamos na cidade vizinha por alimentos, roupas, assim vamos sobrevivendo...”.

O sábio agradeceu a resposta e saiu novamente pelo seu caminho. Logo em seguida, o sábio avistou a vaquinha e ordenou a um de seus discípulos: “Leve aquela vaquinha até o precipício e empurre-a abaixo.” Mesmo sem compreender a ordem, o discípulo a cumpriu. E ficou pensando na maldade do sábio em matar a única fonte de subsistência daquela pobre família. Aquilo não saiu da cabeça do discípulo por muitos anos.

Algum tempo depois, passando pela mesma região, o discípulo lembrou-se da família e do episódio da vaquinha. Resolveu voltar àquela casinha e... surpresa!!! No lugar da pobre casinha havia uma bela casa. Um pomar do redor. Várias cabeças de gado. Um trator novo. Na porta avistou o mesmo pai, agora bem vestido limpo e saudável. Logo, apareceram a mulher e seus três filhos, todos bonitos e aparentando saúde e felicidade. Quando o discípulo perguntou a razão de tamanha mudança naqueles últimos anos, o pai da família respondeu: “Agente tinha uma vaquinha que caiu o precipício e morreu. Sem a vaquinha, tivemos que nos virar e fazer outras coisas que nunca tínhamos feito. Começamos a plantar, criar animais, usar a nossa cabeça para sobreviver e daí vimos que éramos capazes de fazer coisas que nunca tínhamos imaginados e de conseguir outras que achávamos impossível porque nunca havíamos tentado fazer. Sem a vaquinha, nós fomos à luta, porque também só tínhamos uma alternativa: lutar para vencer!”

Geralmente as pessoas se acostumam com o mínimo: o mínimo de diversão, o mínimo de auto-realização, o mínimo de estudo, o mínimo de evolução... Acostumam-se tanto com o básico para a sobrevivência, com a rotina estressante, que esquecem do que são capazes de realizar. E o ser humano tem a capacidade para fazer o que quiser. Ao invés de desafiar seus limites, fica reclamando da crise, da rotina, da falta de perspectivas. E na verdade, é completamente dependente delas. É preciso coragem para desafiar e força para buscar sempre o novo, o aperfeiçoamento, a sabedoria plena. Realmente, o sucesso não é para qualquer um. Essa é a seleção natural: só vencem os mais fortes, os que nunca desistem, os que têm uma forte determinação para realizar os seus sonhos.

Na “crise”, enquanto as pessoas estão mais preocupadas em sentir pena delas mesmas, aproveite para se destacar e tornar-se um vencedor. Você pode. Nós podemos. Acredite... e surpreenda-se com o resultado.

2 comentários:

  1. Marli Yoshiko Batista22 de abril de 2011 às 23:51

    Isso mesmo devemo todos nos desapegar da nossa vaquinha que tanto lamuria e joga-la no precipicio....
    SIMBORA GALERA.....

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  2. Nossa que forte! também acrédito que é isso ai mesmo!!

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